A minha partilha deste fim de semana:
A Solenidade da Ascensão de Jesus mostra, antes de mais, qual é a meta final do nosso caminho: a comunhão com Deus, a Vida definitiva. Mas, além disso, lembra aos discípulos de Jesus que, enquanto caminham na terra, têm a responsabilidade de continuar a obra de Jesus e de dar testemunho da salvação de Deus.
No Evangelho, Jesus ressuscitado despede-se dos discípulos e passa-lhes o testemunho. Os discípulos, formados na “escola” de Jesus, têm como missão levar o Evangelho a todas as nações, anunciar a todos os homens e mulheres o amor e a misericórdia de Deus. Não estarão sozinhos: Jesus vai enviar-lhes, como ajuda, o “prometido do Pai”, a “força do alto, o Espírito Santo. Esse Espírito dar-lhes-á a força necessária para enfrentar os obstáculos e ajudá-los-á a discernir os caminhos que devem percorrer.
Atos dos Apóstolos 1,1-11
Salmo 46 (47)
Efésios 1,17-23
Lucas 24,46-53
Interpelação
A missão que Jesus confiou aos discípulos é uma missão universal: as fronteiras, as raças, as diferenças culturais, as diferenças ideológicas, as diferenças de estatuto social, as marcas da vida, os “acidentes” pessoais que tornam cada pessoa única e diferente, não podem ser obstáculos para a presença da proposta libertadora de Jesus no mundo. Temos consciência de que Jesus nos envia a todas as pessoas, independentemente daquilo que as torna diferentes, “estranhas”, singulares? Nas nossas comunidades cristãs há lugar para todos, sejam quais forem as situações de vida ou as feridas que cada um carrega?
Palavras para o caminho
Testemunhas de Cristo hoje. “Homens da Galileia, porque estais a olhar para o Céu?” A mesma palavra vem mexer com as nossas inércias e empurra-nos para fora de nós mesmos nos caminhos deste mundo. Este Messias morto e ressuscitado… vós sois suas testemunhas! Medimos o desafio e a força destas palavras? E como tomamos parte na grande rede das testemunhas de Cristo hoje, no nosso tempo?